terça-feira, 5 de junho de 2007

Apenas um desabafo de Tristesse IX

MEU EXISTIR SILENTE


Existe algo em mim que eu não consigo explicar

Existe uma sombra em meu olhar que não consigo apagar

Sinto em minha alma uma lacuna que não possui encaixe


Existe sim a falta que você me faz

Um vazio que abarca meu ser

Que o transforma em célula amorfa


Meu ser já desconhece as lágrimas

Pois não há mais nada que elas

possam fazer por mim



Não há mais nada na alma ou no coração

O abismo é formado de vazio

Não existe medo, tampouco ira ou perfídia

Existe apenas o tempo que se esvai

Como areia por entre os dedos


E eu aqui sem você, sem seu olhar ou tocar

Sem sua voz a me acariciar,

Sem sua língua a me percorrer

Sem suas mãos a me traçarem caminhos incendiários


Enfim, hoje minha alma vaga solitária e insana

Por entre mundos desconhecidos

Envoltos em névoas e brumas

Não há nada que possam descortinar

Essas vendas intranqüilas


Sou agora andarilha vagante

Delirante e sem rumo

Sempre em busca de tua voz e sorriso

E a tua forma única de me fazer vibrar


E ao menos no silêncio da papel e da tela virtual

posso dizer que TE AMO!


Mesmo que você jamais venha a ouvir ou perceber

tal súplica por sua presença em minha vida

Tão somente posso me abandonar ao meu sentimento

Que apesar de silente, precisa encontrar voz

Para que eu não me veja enlouquecer

Por tanto te amar


Poesia criada em 06/06/2007

Autoria: Cristiane Schilipack

Simplesmente para F.V.D.B.

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