quinta-feira, 26 de abril de 2007

Apenas um desabafo de Tristesse VIII

ONDE NUNCA SERÁ O MESMO


Onde tudo nunca será o mesmo
Nenhuma rua será a mesma,
se por ela tivermos passado

Nenhuma mesa de bar terá
a mesma surpresa se por ali
tivermos estado

E nada haverá de pior
que as massacrantes
lembranças de não ter
podido ser tão somente eu,
sem máscaras ou armas

E derradeiramente,
assim eu te perdi
e me perdi


E a mim só restam
o silêncio e o vazio,
o desespero e a certeza
que jamais o terei
em minha vida


Poesia criada em 25/04/2006
Autoria: Cristiane Schilipack
Para simplesmente F.V.D.B.

Apenas um desabafo de Tristesse VII

OLHOS E LÁGRIMAS!!!!





Olhos silentes
Olhos marejados

Lágrimas que deslizam
pela rósea curva da face
Correm e rolam como
Labaredas de fogo

São silenciosas e invisíveis,
São desabafos mudos e
Perdidos na risível bruma
De um lugar comum

São testemunhas solitárias
A dor corrói e destrói
Cada gota de esperança

Ao horizonte só se vê
A solidão clamante e
Plangente como uma norna

Não há sorriso de alma,
Não há aconchego ou lar
Existe apenas o caminho
Para trilhar sob a chuva
E assim cobrir as gotas
Salgadas de Prata que
Se mesclam a ela

Há uma parada eventual que
Tece novos fios de esperança
Que logo são destruídos

Destruição trazida por uma insana dor
Que busca o interminável morrer em vida

Lento e torturante
Arrancando finos filetes
De sangue e sal

Cravejando e incrustrando
Pedras vítreas e amorfas
Em uma sólida máscara de
Impiedosa invulnerabilidade

E assim uma vez mais
A Fortaleza se eleva
Altaneira e majestosa

O abrigo e o conforto
Ofertado aos outros
Continua ali, enquanto
Pelas ruínas que estão
Dentre os poros da pedra fria,
Se petrificam e tratam de
Enregelar a alma que não
Pode ser humana ou mulher

Ela clama e grita,
Os grilhões então
A apertam cada vez mais
Imobilizando-a, contraindo-a
A uma peça ou estátua inerme

Contudo, viva e desesperada

Eles a sufocam, a estrangulam
Enquanto sua agonia solitária
Se esvai pelo muro em derredor
Que emudece seus gritos e clamores
Pois para ela não há esperança,
Há só uma janela por onde ela
Vê pessoas passarem

Ela sabe que não há expectativas
Otimistas, apenas vãs conversas
Pois, alguns dos transeuntes param
Até para conversar ou pedir auxílio
Mas, ninguém percebe sua prisão

A maioria sequer
Percebe sua presença
Ou Sombra
Como poderiam perceber
Seu sangue marcado, suas
Feridas profundas, que
Como grotas dilaceram
Seu espírito, e mesmo
Assim, ali está ela, viva

Em busca de um raio de sol
Em busca de um toque seu
Em busca de ser igual
Em busca de ser simplesmente
Uma mulher em teu olhar

Mas, isso já é insano
Não há esperança
Não há ninguém aqui
Não há sombra ou pó

Somente o NADA
De ser eu mesma

Poesia criada em 24/04/2007
Autoria: Cristiane Schilipack
Para Simplesmente F.V.D.B.

Apenas um desabafo de Tristesse VI

PELA JANELA




Da janela ao redor
A vida passa

Ao meu redor observo
Silente tudo aquilo que
Sonhei e desejei, mas
Percebo ser destinado
Apenas aos outros

Para mim serão sonhos e
Desejos desenhados na areia
E ao passar da primeira onda
Serão levados e extintos como
Se jamais tivessem existido

Pela vitrine observo
Silenciosa os olhares,
Os sorrisos e os abraços
As famílias que jamais
Serão minhas

Observo ali, muda e invisível
Pois, não há sombra sequer
De minha presença

Aos poucos que me olham
Ou se dão conta de
Minha mera existência
Sempre me perguntam:

"Quem é você?"
A parte engraçada é
Que por um momento apenas
Um instante de passado
Atrás, eu tinha um
Rosto e um nome
Para esses mesmo
Que hoje me perguntam
Quem sou...

Hoje não há sombra
Ou relêvo sobre tal
Conhecimento ou
Presença

Ou seja, não há
Sequer o pó de
Minha parca
Existência

Nada será sempre o
Meu nome, e sombra
Será o instante passageiro
Que alguém terá de
Lembrança minha.
Poesia criada em 24/04/2007
Autoria: Cristiane Schilipack
Simplesmente para F.V.D.B.

domingo, 22 de abril de 2007

Apenas um desabafo de Tristesse V



A DOR


Dor insana
Que permeia meu ser
Aniquila com tudo
Deixa a casca intacta

O ser interno se torna
Cada vez mais taciturno
Como fazer para enterrar a dor?

Não se pode esmorecer
Não se pode permitir cair
Não se pode fazer nada

Apenas se tornar uma máscara
Nada mais a fazer
Caminhar incólume e à margem
Impassível e intocável
Inatingível como uma estrela cadente

Morta e enegrecida tal qual
Uma ruína tomada pelo fogo
Porém, ereta e altaneira
Como um soberbo minarete
Em meio ao deserto

Continuando a ser tão somente
Porto ou abrigo
Asilo de muitos
Contudo sempre se encontra
Descoberta e fustigada pelos
Ventos e tempestades

Não há fuga
Não há caminho de saída
Está ali e ponto
E poucos são capazes
De lhe observar a dor
Tampouco poderem
Lhe dar alento

Pois aos ventos e as tempestade
Que fustigam sua face sem cessar
Não lhe permitem ser aquilo
Que gostaria de ser

Em meio ao lago de fogo que a cerca
A alta temperatura a molda
Impenetrável, incorrupta e intocável

Dilacerada e sufocada pelos gases mortais
Seus gritos não podem ser ouvidos
Porque são silentes ante os trovões
E relâmpagos, e como não há a beleza
Não há encanto, o desafio
Não vale o preço da conquista

Enfim só lhe resta
A dor ...
Clamante e pungente
Que a recorda de ser
Sólida e solitária

De vez em quando
Um raio de sol permeia
Seu cárcere eterno
Seu ser sombrio se ilumina
Momento fulgaz que passa
Como um suspiro derradeiro

E a dor volta clamante
Por sua mente e alma
Seu corpo se contorce ante aos grilhões
Mas, sua força se esvai

Restando apenas a aparência
Nada mais que a capa protetora
Pois sua função está em ser abrigo
Dar alento e conforto
Todavia, jamais receber em troca

Sua função consiste em nunca
Esmorecer ou cair
Não importa a dor,
Não importa se é humana
Se é Mulher ou não

Seu destino jaz em apenas
Sentir ou perceber a dor
Própria ou alheia

Amar ou ser amada
Isso nunca acontecerá
Porque não possui o
Talento exigido para tal coisa

Silente e solitária
Invulnerável e impenetrável
Não há espaço para docilidade
Não há tempo para carícias
Nem tampouco para sonhos

O único morador resilente
É a dor, apenas dor
Para lhe mostrar
Quão mordaz pode ser
Seu açoite ...

O alívio de um raio de sol
Sempre será substituído
Por inúmeras chibatadas

Punição por ter ousado
Se lembrar da esperança
De ter almejado ser amada

O Riso plangente da Dor
A faz estremecer
O frio caótico dentro

Da insípida alma que teima
Em continuar humana
Se recusa...

Mesmo atada aos grilhões
Enfrentar a Dor como um tordo
Preso nas patas de um gato furioso

Por mais lastimosa e triste
Que se encontre,

Ela ao menos revive
Ante pequenos espaços
A lembrança do calor do sol

A amargura seca sua boca
As lágrimas correm sem embaraço
E a Dor aplaude de camarote
Mais uma vez sua insana vitória
Sobre uma alma torturada




Autoria: Cristiane Schilipack
Poesia criada em 22/04/2007
simplesmente para F. V. D. B.

Apenas um desabafo de Tristesse IV

De Que Me Valem



De que me valem?
Os melhores lugares
Bares e restaurantes

Se por onde eu ando
Eu olho e em nenhum
Momento observo ou
Encontro teu olhar

Tudo é distante
É inócuo

Minha visão turva
Diante as lágrimas
Silenciosas que teimam
Rolar por minha face

Não há delírio
Nem tampouco desespero
Há só o vazio
Não há o sentido, a razão
Ou a lógica de pensamento

Não há sintomas de renhido
Apenas não existe cor ou tom

Tudo é negro e obscuro

O abismo então se aproxima
E eu o observo se avolumar,
Se agigantar ao meu redor

De minha parte não há temor
Ou desesperança
Existe o cansaço
Então o observo serena
Se aproximando
Inexoravelmente cerceando
Meu viver e existir

É como um fato que o destino
Ao menos o meu,
Sempre será engolido pelo Nada.

Morrer?

Morrer é apenas a passagem
Para o desconhecido

Mas, a dor...

Essa se torna companheira
Inexorável e eterna.
Deixa marcas indeléveis

E faz com que cada dia
Seja tão somente
Um dia

E a solitude clamante
Se faz presente como
Um ferro em brasa
Por sobre minha pele e alma

As cicatrizes invisíveis
São eternas e sem rosto
São profundas e indeléveis

Tudo ao meu redor
Se resume em solidão e dor
Em responsabilidades e em
Um caminhar feito
De espinhos e sangue

Mas tudo seria tão
Mais simples e melhor
Senão houvesse a dor.


Autoria: Cristiane Schilipack
Poesia criada em 22/04/2007
simplesmente para F. V. D. B.

sábado, 21 de abril de 2007

Linha: Amigos São...



Do que são feito os Amigos

Alguns são feitos de açúcar
E não sabem como fazer para nos
Deixar deliciados com a vida...

Alguns são feitos de pimentinha
Pois não sabem como parar no lugar,
Então sempre nos apresentando um
Mundo cheio de possibilidades

Existem aqueles feitos e gengibre
São ardidinhos e meio amarguinhos
Mas trazem em sua sinceridade um
Modo sempre único de nos fazer
Ver a realidade em nosso redor

Temos também os pipocas
Vivem pulando de lado ao outro
Parecem que nunca estão no mesmo
Lugar, mas são imprescindíveis
Em nossas vidas, pois não trazem
Em suas palavras filosofias de balcão
Trazem em seus sorrisos, a alegria
Inefável de valer a pena estarmos vivos.

E claro, existem aqueles que possuem
Sabor único, possuem em sua mescla
De sabores a sinceridade do gengibre,
O açúcar do deleite, a alegria irrequieta
Da pipoca de pula-pula, e
Esses se encontram
Mais próximos de nós, pois se tornam
Muito mais que amigos
Se tornam nossos irmãos de alma.

Pois choram nossas tristezas,
Assim como comemoram nossas alegrias
A esses chamamos:

Melhores Amigos!!!



Autoria: Cristiane Schilipack
poesia criada em 21/04/2007

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Apenas um desabafo de Tristesse III

APENAS UMA VEZ MAIS




De um lado ao outro me vejo insone em meu leito

Meu corpo febril se ressente da falta do teu

Minha pele fria parece esperar por um raio de sol

A alma busca por teus olhos verdes

Enquanto o sono que busco no silêncio do quarto

É surpreendido de assalto por uma lembrança tua

O corpo estremece e o cansaço não se faz suficiente para o adormecer

A manhã chega radiante e ensolarada

Porém em mimha alma e coração somente teu rosto se reflete diante de mim

Ao invés de perceber o cantar dos pássaros à minha janela

Ouço em um mundo paralelo tua voz a me seduzir

Mas, isso é apenas minha insana loucura mesclada ao insano desejo de tê-lo aqui

Teu toque forte e seguro que faz fremir todo meu ser

Uma saudade que abarca meu ser e parece me enlouquecer diante do silêncio

Engole minha lógica e razão, traça um paralelo a um intrépido desejar

O abismo então se aproxima, e eu nada faço para impedi-lo

Prefiro deixá-lo me abarcar em seu vácuo, escuro e sombrio

Quem sabe retira de mim essa dor agonizante de ser tão apenas mulher

Quem sabe ele faz com que o nada tome conta de meu ser

Me jogando ao limbo de uma não-existência, de uma não-pessoa

A dor de tua ausência me faz me sentir incompleta

Não me vejo enlouquecer porque no cálido e indulgente papel

Me posso verter em lágrimas silenciosas

Cada gota grita por teu nome e alma

Busca no vazio do espaço uma forma de marcar o papel

Que permite calado e mudo, sem pressa ou julgamento

Que as palavras discorram sobre ele

O velado sentimento que trago enclausurado na alma.

A emoção engolfa meus sentidos e vida

E tudo que resta é o vazio de tua ausência e presença

Enquanto isso, sólidas e "companheiras" ali estão elas

A me sorrir e convidar a um solilóquio feito de eterna

E perene solidão mesclada à tristeza de não poder senti-lo

De novo, ou apenas uma vez mais em minha vida.



Texto criado em 18/04/2007 às 7:00h, após inúmeras tentativas. todas frustradas em adormecer, simplesmente para F. V. D. B. .......

Autoria: Cristiane Schilipack

sábado, 14 de abril de 2007

Apenas Uma Ótica... Um Pouco Patriótica e Um Pouco Humanitária




Isso ocorreu em maio de 2000, durante o "Millenium Forum" ou "Fórum do Milênio", na época essa entrevista só foi publicada na internet, e ao que parece continua somente na WEB, abaixo coloquei o link da Declaração do Fórum do Millenium:

http://www.rcgg.ufrgs.br/mfd_por.htm

(...)"NÓS OS POVOS" FÓRUM DO MILÊNIO DECLARAÇÃO E AGENDA PARA AÇÃO DE FORTALECIMENTO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O SÉCULO XXI

Nós, 1350 representantes de mais de 1000 Organizações Não Governamentais (ONGs) e outras sociedades civis de mais de 100 países, nos reunimos nos Quartéis das Nações Unidas de 22 a 26 de Maio de 2000 em NY, para construir uma visão comum, e o trabalho começou a partir das conferências das sociedades civis e das conferências mundiais das Nações Unidas na década de 1990, para chamar a atenção dos governantes com relação à urgência da implementação das promessas feitas por eles, e para canalizar as nossas energias coletivas pela reconstrução da globalização para e pelos povos.

Nossa Visão

Nossa visão é de um mundo que é centrado no ser humano e genuinamente democrático, onde todos os seres humanos são totalmente participantes e determinam seus próprios destinos. Na nossa visão nós somos uma família humana, em toda nossa diversidade, vivendo em um lar comum e dividindo um mundo justo, sustentável e pacífico, guiado por princípios de democracia, igualdade, inclusão, voluntarismo, não-discriminação e participação de todas as pessoas, homens e mulheres, jovens e adultos, independente de raça, credo, deficiências, orientação sexual, etnia ou nacionalidade. É um mundo onde paz e segurança humana, como enfocados nos princípios da Carta das Nações Unidas, toma o lugar de armamentos, conflitos violentos e guerras. É um mundo onde todos vivem em um ambiente decente com distribuição justa dos recursos da Terra. Nossa visão inclui um papel especial para o dinamismo dos jovens e a experiência dos idosos e reafirma a universalidade, indivisibilidade e interdependência de todos os direitos humanos – civil, político, econômico, social e cultural. (...)


Apenas Uma Ótica...

Um Pouco Patriótica e Um Pouco Humanitária

EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS

Essa merece ser lida, afinal não é todo dia que um brasileiro dá um esculacho educadíssimo nos americanos!

Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.

O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.


Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.

O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro.

Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.


Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado.

Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.

Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais.

Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo.

O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano.

Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.

Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre.

Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA.

Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas deve ser internacionalizada.

Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade.

Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA.

Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida.

Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.

Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.

Como humanista aceito defender a internacionalização do mundo.

Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa.

Só nossa!

DIZEM QUE ESTA MATÉRIA NÃO FOI PUBLICADA, POR RAZÕES ÓBVIAS.
AJUDE A DIVULGÁ-LA...


Após ler o texto, num esqueça de fazer alguns questionamentos. Eu sei que pensar dói, mas às vezes, vale o sofrimento, hehe...


Se você pensa porque tanto alarde quanto à Amazônia, aqui vai algumas conjecturas minhas:

Além de ser um patrimônio nacional, ela também é um patrimônio mundial, não por ser o "pulmão do mundo", mas porque nela se encerra uma diversidade absurda de vida, biodiversidade é o sinônimo da Amazônia, e o respeito à vida deve ser feito a qualquer custo, nosso planeta, cada vez mais caminha para uma derrocada final em que seremos consumidos por nossos dejetos, senão fizermos alguma coisa ao nosso favor.


Os "Senhores Governantes" que querem a internacionalização da Amazônia não estão pensando em salvá-la, pois afinal de contas se eles tivessem algum cuidado real com o meio ambiente, em seus países ainda haveriam florestas, e eles também difundiriam o uso de argamassa, cal e cimento para construção de suas casas e mansões, pois em seus países, as casas são construídas com madeira.


Engraçado, mesmo com todo o nosso descaso, nós ainda temos a nossa "Rain Forest", e faremos de tudo para mantê-la. Esse é um link para um abaixo assinado de proteção feito para a floresta amazônia, foi instutucionalizado pelo ator, diretor e dramaturgo Juca de Oliveira, que juntamente com a classe artística está movendo uma ação contra os pedradores da Amazônia, faça parte, ou ao menos tenha curiosidade e leia o manifesto ecológico feito por ele.


(...) CARTA ABERTA DE ARTISTAS BRASILEIROS SOBRE A DEVASTAÇÃO DA AMAZÔNIA

Acabamos de comemorar o menor desmatamento da Floresta Amazônica dos últimos três anos: 17 mil quilômetros quadrados. É quase a metade da Holanda. Da área total já desmatamos 16%, o equivalente a duas vezes a Alemanha e três Estados de São Paulo. Não há motivo para comemorações. A Amazônia não é o pulmão do mundo, mas presta serviços ambientais importantíssimos ao Brasil e ao Planeta. Essa vastidão verde que se estende por mais de cinco milhões de quilômetros quadrados é um lençol térmico engendrado pela natureza para que os raios solares não atinjam o solo, propiciando a vida da mais exuberante floresta da terra e auxiliando na regulação da temperatura do Planeta.

Depois de tombada na sua pujança, estuprada por madeireiros sem escrúpulos, ateiam fogo às suas vestes de esmeralda abrindo passagem aos forasteiros que a humilham ao semear capim e soja nas cinzas de castanheiras centenárias. Apesar do extraordinário esforço de implantarmos unidades de conservação como alternativas de desenvolvimento sustentável, a devastação continua. Mesmo depois do sangue de Chico Mendes ter selado o pacto de harmonia homem/natureza, entre seringueiros e indígenas, mesmo depois da aliança dos povos da floresta “pelo direito de manter nossas florestas em pé, porque delas dependemos para viver”, mesmo depois de inúmeras sagas cheias de heroísmo, morte e paixão pela Amazônia, a devastação continua.
(...)


Basta lembrarmos que quando houve o evento do encontro da "Rio-Eco92", para discutir aspectos de pagamento aos países que forneciam matéria-prima para as indústrias farmacêuticas, o então presidente da época Sr. George Bush, se recusou a assinar tal acordo, porque isso ia de encontro com seus interesses, e tendo em seu país, uma boa parte dos maiores laboratórios do mundo, quando o Sr. Bill Clinton empossou à presidência dos EUA, ele fez o acordo reconhecendo o direito único e instranferível de cada país, pois onde existe uma transação e uma troca de elementos, nada mais justo que haja um reconhecimento e uma compensação por conta disso.


Afinal de contas, é assim que o livre comércio funciona, no caso da família Bush, o que se pode observar, é uma forma de ataque viperino com o intuito de rapinar e pilhar tudo que possam, de qualquer país, incluindo o nosso, sem respeito algum pela vida, pois Bush filho segue bem os passos do pai, como um tirano e ditador que pensa deter um poder divino por deter em seus bolsos dólares americanos.


Infelizmente, para seu azar o mundo está se expandindo, e se tornando cada vez mais amplo, não se trata mais de territórios, mas sim do bem comum a todos da raça humana, porque quer ele queira ou não, ele não é uma entidade divina, e como governante de um país como os EUA, ele deveria pensar no futuro e não apenas no agora. E quer ele tenha conhecimento ou não, o país dele faz parte do planeta, seu povo faz parte da raça humana, quer eles gostem disso ou não, ou seja, queira ele enfrentar a realidade de que o que afeta um afeta a todos, não importando sua localização geográfica, seu credo, sua postura política, sua etnia ou língua. Somos parte de um todo, se uma engrenagem não funciona, todas as outras sofrem as conseqüências.

O mundo precisa de heróis, mas estes não precisam usar máscaras e nem tampouco terem super poderes, basta apenas terem em sua civilidade a crença no respeito, respeito por si mesmos, respeito ao próximo e respeito ao planeta em que vivem.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Uma Canção de Minha Tristesse


Uma canção que expressa exatamente o que eu sou, e também tudo que enfrento em minha vida, não importando o onde, ou o quando, sendo apenas o que sou...

Bandolins - Composição: Oswaldo Montenegro

http://www.youtube.com/watch?v=TiCbiprVQhc
(achei linda essa montagem do anime: Princess Tutu com a música)

Como fosse um par
que nessa valsa triste
se desenvolvesse
ao som dos bandolins
e como não
E por que não dizer
que o mundo respirava mais
se ela apertava assim seu colo
e como se não fosse um tempo
em que já fosse impróprio se dançar
assim ela teimou e enfrentou o mundo
se rodopiando ao som dos bandolins

Como fosse um lar seu corpo
a valsa triste iluminava e
a noite caminhava assim e
como um par o vento e a madrugada
iluminavam a fada do meu botequim
valsando como valsa uma criança
que entra na roda a noite tá no fim,
e ela valsando só na madrugada
se julgando amada ao som dos bandolins

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Apenas um desabafo de Tristesse II

Por Um Momento Apenas...

Gostaria de me perder em teu olhar

Gostaria de simplesmente sentir teu olhar no meu

Apenas por um momento ter você em minha vida

Sem nenhum toque ou tocar

Apenas teu sentir e olhar

Assim como, apenas desejar o desejo de me abandonar

De correr e me enlevar ao sabor do vento

Me enredar pelos labirintos de teu ser

Quem sabe, simplesmente me perder

Me desnudar pela carícia de tua voz

Poder verter por entre as ondas do tempo

Um instante congelado,

Incólume e indelével como um filamento de cristal

Tão só, ou tão somente perdida na simplicidade insana

Entorpecida pelo delírio ensandecido de planar pelo céu da tua boca

Mas, tudo isso...

Por um momento apenas...




Poesia inspirada em:
feita em 10/04/2007
Autoria: Cristiane Schilipack