sábado, 14 de abril de 2007

Apenas Uma Ótica... Um Pouco Patriótica e Um Pouco Humanitária




Isso ocorreu em maio de 2000, durante o "Millenium Forum" ou "Fórum do Milênio", na época essa entrevista só foi publicada na internet, e ao que parece continua somente na WEB, abaixo coloquei o link da Declaração do Fórum do Millenium:

http://www.rcgg.ufrgs.br/mfd_por.htm

(...)"NÓS OS POVOS" FÓRUM DO MILÊNIO DECLARAÇÃO E AGENDA PARA AÇÃO DE FORTALECIMENTO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O SÉCULO XXI

Nós, 1350 representantes de mais de 1000 Organizações Não Governamentais (ONGs) e outras sociedades civis de mais de 100 países, nos reunimos nos Quartéis das Nações Unidas de 22 a 26 de Maio de 2000 em NY, para construir uma visão comum, e o trabalho começou a partir das conferências das sociedades civis e das conferências mundiais das Nações Unidas na década de 1990, para chamar a atenção dos governantes com relação à urgência da implementação das promessas feitas por eles, e para canalizar as nossas energias coletivas pela reconstrução da globalização para e pelos povos.

Nossa Visão

Nossa visão é de um mundo que é centrado no ser humano e genuinamente democrático, onde todos os seres humanos são totalmente participantes e determinam seus próprios destinos. Na nossa visão nós somos uma família humana, em toda nossa diversidade, vivendo em um lar comum e dividindo um mundo justo, sustentável e pacífico, guiado por princípios de democracia, igualdade, inclusão, voluntarismo, não-discriminação e participação de todas as pessoas, homens e mulheres, jovens e adultos, independente de raça, credo, deficiências, orientação sexual, etnia ou nacionalidade. É um mundo onde paz e segurança humana, como enfocados nos princípios da Carta das Nações Unidas, toma o lugar de armamentos, conflitos violentos e guerras. É um mundo onde todos vivem em um ambiente decente com distribuição justa dos recursos da Terra. Nossa visão inclui um papel especial para o dinamismo dos jovens e a experiência dos idosos e reafirma a universalidade, indivisibilidade e interdependência de todos os direitos humanos – civil, político, econômico, social e cultural. (...)


Apenas Uma Ótica...

Um Pouco Patriótica e Um Pouco Humanitária

EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS

Essa merece ser lida, afinal não é todo dia que um brasileiro dá um esculacho educadíssimo nos americanos!

Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.

O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.


Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.

O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro.

Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.


Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado.

Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.

Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais.

Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo.

O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano.

Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.

Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre.

Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA.

Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas deve ser internacionalizada.

Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade.

Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA.

Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida.

Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.

Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.

Como humanista aceito defender a internacionalização do mundo.

Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa.

Só nossa!

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Após ler o texto, num esqueça de fazer alguns questionamentos. Eu sei que pensar dói, mas às vezes, vale o sofrimento, hehe...


Se você pensa porque tanto alarde quanto à Amazônia, aqui vai algumas conjecturas minhas:

Além de ser um patrimônio nacional, ela também é um patrimônio mundial, não por ser o "pulmão do mundo", mas porque nela se encerra uma diversidade absurda de vida, biodiversidade é o sinônimo da Amazônia, e o respeito à vida deve ser feito a qualquer custo, nosso planeta, cada vez mais caminha para uma derrocada final em que seremos consumidos por nossos dejetos, senão fizermos alguma coisa ao nosso favor.


Os "Senhores Governantes" que querem a internacionalização da Amazônia não estão pensando em salvá-la, pois afinal de contas se eles tivessem algum cuidado real com o meio ambiente, em seus países ainda haveriam florestas, e eles também difundiriam o uso de argamassa, cal e cimento para construção de suas casas e mansões, pois em seus países, as casas são construídas com madeira.


Engraçado, mesmo com todo o nosso descaso, nós ainda temos a nossa "Rain Forest", e faremos de tudo para mantê-la. Esse é um link para um abaixo assinado de proteção feito para a floresta amazônia, foi instutucionalizado pelo ator, diretor e dramaturgo Juca de Oliveira, que juntamente com a classe artística está movendo uma ação contra os pedradores da Amazônia, faça parte, ou ao menos tenha curiosidade e leia o manifesto ecológico feito por ele.


(...) CARTA ABERTA DE ARTISTAS BRASILEIROS SOBRE A DEVASTAÇÃO DA AMAZÔNIA

Acabamos de comemorar o menor desmatamento da Floresta Amazônica dos últimos três anos: 17 mil quilômetros quadrados. É quase a metade da Holanda. Da área total já desmatamos 16%, o equivalente a duas vezes a Alemanha e três Estados de São Paulo. Não há motivo para comemorações. A Amazônia não é o pulmão do mundo, mas presta serviços ambientais importantíssimos ao Brasil e ao Planeta. Essa vastidão verde que se estende por mais de cinco milhões de quilômetros quadrados é um lençol térmico engendrado pela natureza para que os raios solares não atinjam o solo, propiciando a vida da mais exuberante floresta da terra e auxiliando na regulação da temperatura do Planeta.

Depois de tombada na sua pujança, estuprada por madeireiros sem escrúpulos, ateiam fogo às suas vestes de esmeralda abrindo passagem aos forasteiros que a humilham ao semear capim e soja nas cinzas de castanheiras centenárias. Apesar do extraordinário esforço de implantarmos unidades de conservação como alternativas de desenvolvimento sustentável, a devastação continua. Mesmo depois do sangue de Chico Mendes ter selado o pacto de harmonia homem/natureza, entre seringueiros e indígenas, mesmo depois da aliança dos povos da floresta “pelo direito de manter nossas florestas em pé, porque delas dependemos para viver”, mesmo depois de inúmeras sagas cheias de heroísmo, morte e paixão pela Amazônia, a devastação continua.
(...)


Basta lembrarmos que quando houve o evento do encontro da "Rio-Eco92", para discutir aspectos de pagamento aos países que forneciam matéria-prima para as indústrias farmacêuticas, o então presidente da época Sr. George Bush, se recusou a assinar tal acordo, porque isso ia de encontro com seus interesses, e tendo em seu país, uma boa parte dos maiores laboratórios do mundo, quando o Sr. Bill Clinton empossou à presidência dos EUA, ele fez o acordo reconhecendo o direito único e instranferível de cada país, pois onde existe uma transação e uma troca de elementos, nada mais justo que haja um reconhecimento e uma compensação por conta disso.


Afinal de contas, é assim que o livre comércio funciona, no caso da família Bush, o que se pode observar, é uma forma de ataque viperino com o intuito de rapinar e pilhar tudo que possam, de qualquer país, incluindo o nosso, sem respeito algum pela vida, pois Bush filho segue bem os passos do pai, como um tirano e ditador que pensa deter um poder divino por deter em seus bolsos dólares americanos.


Infelizmente, para seu azar o mundo está se expandindo, e se tornando cada vez mais amplo, não se trata mais de territórios, mas sim do bem comum a todos da raça humana, porque quer ele queira ou não, ele não é uma entidade divina, e como governante de um país como os EUA, ele deveria pensar no futuro e não apenas no agora. E quer ele tenha conhecimento ou não, o país dele faz parte do planeta, seu povo faz parte da raça humana, quer eles gostem disso ou não, ou seja, queira ele enfrentar a realidade de que o que afeta um afeta a todos, não importando sua localização geográfica, seu credo, sua postura política, sua etnia ou língua. Somos parte de um todo, se uma engrenagem não funciona, todas as outras sofrem as conseqüências.

O mundo precisa de heróis, mas estes não precisam usar máscaras e nem tampouco terem super poderes, basta apenas terem em sua civilidade a crença no respeito, respeito por si mesmos, respeito ao próximo e respeito ao planeta em que vivem.

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